I WANT YOU

domingo, 3 de abril de 2011

O discurso "patriotico" pega-otario
No militarismo sempre é usado o discurso

temos que ser patriotas

defenda seu país

ame seu país e etc

E as mentes fracas caem igual patinhos pq acham q oq estao fazendo é bonito,belo e patriotico

E esquecem que esse MESMO exatamente o MESMO dicurso patriotico foi o usado por Hitler na Alemanha para proclamar a invasão de outros países e todos cairam igual patinhos

E foi o mesmo discurso que o EUA usou na Guerra do Vietna para enviar jovens que nem militares eram para matar e morrer no Vietna que nao representava risco ALGUM pro país em que moravam

Que patriotismo tinha o nazismo?

Que bem fez o nazismo para a Alemanha e para o mundo?

Que bem bem a Guerra do Vietna para o EUA,Vietna e para o mundo?

Mal sabem que esse discurso pega-otario não é pra formar servos do PAÍS

é pra formar servos do ESTADO,das vontades do ESTADO e interesses do ESTADO

Na Alemanha na epoca do nazismo todos eram OBRIGADOS a serem servos do nazismo concordando com ele ou não

No Eua na Guerra do VIetna todos os convocados eram OBRIGADOS a matar ou morrer por essa guerra concordando com ela ou não?

O mesmo discurso "patriotico" foi usado no Brasil durante a ditadura militar em que os selecionados eram muito maiores e todos eram tratados igual LIXO pela corja militar e tinham que aceitar de boa no país inteiro pq aceitando estariam sendo "patrioticos"

E os otarios continuam caindo..

São xingandos,humilhados e apanham dos militares superiores e acham isso tudo "bonito e patriotico"?

realmente nao me entra na cabeça como alguem pode gostar de ser HUMILHADO???

seria masoquismo ou pura burice mesmo?

Jovens presos em Israel por rejeitar alistamento
Se a operação do Exército de Israel em Gaza em janeiro obteve amplo apoio dos israelenses, uma parcela dos jovens mostra descontentamento com a política do país para os territórios palestinos. Uma evidência é o surgimento de movimentos como o dos “Shministim” (estudantes secundaristas), que se recusam a cumprir o serviço militar alegando objeção de consciência.
No front oposto, há movimentos que defendem que o fardo recaia igualmente sobre os ombros de todos os cidadãos israelenses.
O movimento dos desertores foi lançado 2008, com site na internet e vídeos no YouTube. Em um manifesto com cem assinaturas, os jovens alegam razões morais para não participar das ações militares. Sem obter dispensa do alistamento -o serviço militar é obrigatório no país- dez deles vinham sendo submetidos a uma rotina de prisões por entre 21 e 28 dias alternadas com dois dias de liberdade. Com a incursão em Gaza, o movimento já contabiliza mais de 40 mil cartas de apoio.
“Nossa recusa é acima de tudo um protesto contra a política de separação, controle, opressão e assassinatos do Estado de Israel nos territórios ocupados”, afirma o texto.
A iniciativa dos desertores divide opiniões. Em Israel, o serviço militar é compulsório para ambos os sexos após o ensino médio. Segundo a antropóloga Marta Topel, do programa de pós-graduação em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas da USP, quem não serve ao Exército é malvisto por segmentos da sociedade civil, que consideram a atitude “comodista e egoísta”.
“Milhares de pessoas arriscam a vida para defender o Estado das ameaças que o assolam e protelam seus estudos ou a entrada no mercado de trabalho em três ou mais anos”, diz.
Apesar de obrigatório, o recrutamento militar dispensou em 2007 e 2008 cerca de 34% dos jovens em idade de servir. Além dos que vivem fora do país e judeus ortodoxos (isentos da obrigação), são liberadas pessoas com antecedentes criminais ou problemas médicos ou psicológicos.

Em sua declaração de princípios, o movimento pró-militar Fórum Israelense para Promoção da Divisão Igual do Dever reclama da “grande desigualdade da divisão do serviço militar”, à qual atribui como causas as grandes dispensas e a “falta de vergonha” dos que se recusam a servir.
Segundo Topel, da fundação do país, em 1948, até a primeira guerra do Líbano, em 1982, a farda militar representou um fator de unidade nacional em Israel. “Com o desencadeamento da primeira Intifada (levante palestino) em 1987, surgiram os primeiros desertores no Exército, sobretudo entre os reservistas, nos quais encontramos oficiais de alto nível.”
“Os desertores não contestavam as ações nas fronteiras de Israel com os países vizinhos, mas se recusaram a servir nos outrora territórios ocupados e se confrontarem com a população civil”, diz a antropóloga.

Estudantes israelenses presos por rejeitar alistamento pedem ajuda
No dia 18 de dezembro de 2008 foi iniciada uma campanha mundial em apoio aos estudantes israelenses presos por rejeitarem o alistamento no exército, por objeção de consciência. Os Shministim defendem um futuro de paz entre israelenses e palestinos e criticam a ação de seu país nos territórios ocupados. Eles esperam receber centenas de milhares de mensagens de apoio que serão entregues ao ministro da Defesa de Israel.

Redação - Carta Maior

Os Shministim são jovens estudantes israelenses, todos com idade entre 16 e 19 anos, no final do segundo grau. Eles recusam o alistamento no exército de Israel por objeção de consciência. Estão presos por isso. Esses estudantes defendem um futuro de paz para israelenses e palestinos e negam-se a pegar em armas. Além da prisão, enfrentam uma enorme pressão da família, de amigos e do governo de Israel. No dia 18 de dezembro foi iniciada uma campanha mundial pela libertação desses jovens.



Internacional| 07/01/2009 | Copyleft
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Estudantes israelenses presos por rejeitar alistamento pedem ajuda
No dia 18 de dezembro de 2008 foi iniciada uma campanha mundial em apoio aos estudantes israelenses presos por rejeitarem o alistamento no exército, por objeção de consciência. Os Shministim defendem um futuro de paz entre israelenses e palestinos e criticam a ação de seu país nos territórios ocupados. Eles esperam receber centenas de milhares de mensagens de apoio que serão entregues ao ministro da Defesa de Israel.

Redação - Carta Maior

Os Shministim são jovens estudantes israelenses, todos com idade entre 16 e 19 anos, no final do segundo grau. Eles recusam o alistamento no exército de Israel por objeção de consciência. Estão presos por isso. Esses estudantes defendem um futuro de paz para israelenses e palestinos e negam-se a pegar em armas. Além da prisão, enfrentam uma enorme pressão da família

Porque devemos matar e morrer e os politicos nao?
Porque devemos matar e morrer em uma guerra causada por POLITICOS enquando estes mesmos politcos ficam na confortavel poltrona e seus pimpolhos bem protegidos em suas mansoes??

PQ devemos arriscar nossa vida e matar outros humanos pq o ESTADO manda ?

somos meras marionetes do ESTADO?

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Conscrição no EUA

Ciro proporá fim do alistamento militar obrigatório

Ciro proporá fim do alistamento militar obrigatório
O programa de governo do candidato da Frente Trabalhista a presidente, Ciro Gomes (PPS-PTB-PDT), deverá propor o fim da obrigatoriedade do alistamento militar para jovens no ano em que completarão 18 anos. A informação é do candidato a vice-presidente Paulo Pereira da Silva (PTB), o Paulinho, que afirmou que, num eventual governo Ciro, o recrutamento passará a ser voluntário.

‘Queremos acabar com esse fator de restrição para as empresas contratarem jovens com menos de 16 anos, mas sem criarmos problemas para as Forças Armadas‘, comenta.

Até o momento, no entanto, o texto básico do projeto do candidato da Frente Trabalhista a presidente trata o tema de forma superficial e contrária ao comentário de Paulinho. Diz lá, no item ‘Lançar bases para complementar o serviço militar por um serviço social‘: ‘O jovem universitário que não puder ser aproveitado para o serviço militar dedicará o equivalente a um semestre do curso universitário a um serviço social de tempo integral‘ - não só não fala sobre o serviço militar facultativo como também obriga o estudante a prestar funções sociais, se não servir às Forças Armadas.

‘O serviço social porá o jovem em contato com brasileiros carentes, inclusive de outras regiões do País. Sempre que possível, será desempenhado num setor ligado àquele em que o jovem se estiver formando: por exemplo, saúde pública, assistência jurídica, construção civil e ensino de adultos‘, complementa.

‘Esse é o texto básico, que será revisto e alterado‘, defende-se o candidato da Frente Trabalhista a vice-presidente. De acordo com Paulinho, é intenção de um eventual mandato de Ciro discutir com o Congresso a inclusão de uma emenda constitucional que acabe com o alistamento militar obrigatório .

‘O tema é polêmico até mesmo entre os militares, mas acreditamos ser este um caminho válido para transformar a carreira nas Forças Armadas em uma ação voluntária e profissional‘, comenta.

Fim na Polonia

Com o fim do alistamento obrigatório, Exército da Polônia tenta se modernizar

País tenta transformar exército em força integrada, menor e mais moderna.
Mudança ocorre em momento tumultuado, com ressurgimento da Rússia.

No início deste mês, recrutas com a cabeça recentemente raspada esticavam timidamente seus pescoços tentando encontrar seus nomes nas fileiras de camas de metal da base aérea. Assim como poloneses de muitas gerações anteriores, eles haviam sido convocados a servir militarmente seu inseguro e freqüentemente conquistado país.

“Acho uma honra ser um soldado polonês ou tentar ser um soldado polonês,” disse um recruta, Krzysztof Lepkowski, 20 anos, que trabalhava como mecânico de caminhões antes da convocação.

Ele e os outros recém-chegados, arrastando-se em uniformes camuflados recebidos menos de uma hora antes, testando os primeiros passos em suas brilhantes botas pretas, serão os últimos do grupo.


Como parte do esforço para modernizar seu exército, o governo polonês deu oficialmente um fim ao alistamento compulsório, fazendo dessa classe de recrutas convocados a última após 90 anos de serviço militar nesta terra, que sentiu os tremores do pior que as guerras do século XX poderia oferecer.

A decisão chegou em um momento difícil. A incursão da Rússia no território da Geórgia em agosto despertou medos reais, pegando políticos e cidadãos despreparados. A tentativa da Polônia de transformar seu exército em uma força integrada menor e mais moderna está ocorrendo em uma época tumultuada, com seus soldados deixando o Iraque e expandindo a presença no Afeganistão.

Analistas afirmam não haver fundos ou homens suficientes sem o alistamento obrigatório, enquanto a Polônia vem tentando, basicamente, fazer tudo ao mesmo tempo. Apoiadores da decisão a consideram um passo tardio para se equiparar à qualidade das forças militares dos principais aliados do país na Otan na Europa Ocidental e por todo o Atlântico. Os críticos a chamaram de uma ação apressada e cara durante uma crise econômica, um produto mais da política do que de um legítimo planejamento, e uma prioridade mais baixa do que novos equipamentos – estes, sim, extremamente necessários.

Com uma história onde a Polônia foi conquistada pela Rússia e pela Alemanha e por vezes até desapareceu do mapa, os poloneses se preocupam de forma mais penetrante que as pessoas de outros países, especialmente os europeus, sobre questões de defesa nacional. A luta pela independência, dar a vida e os membros pelo país, é parte integrante da narrativa nacional.

E, com uma Rússia novamente confiante fazendo ameaças, a Polônia quer desesperadamente garantias de segurança e tranqüilidade. Ao mesmo tempo, os líderes da Polônia parecem ter percebido que a segurança do país não é resultado do maior exército possível, mas do reforço às organizações multilaterais que os ligaram intimamente ao restante da Europa e providenciaram poderosos aliados, particularmente os Estados Unidos.

O Ministério da Defesa estima que a profissionalização rapidamente executada custará 1,4 bilhão de zloty (cerca de US$ 460 milhões) em 2009 e 2,5 bilhões (ou US$ 820 milhões) em 2010.

“Não posso ser muito otimista a respeito da aceleração súbita recentemente proposta para este programa”, escreveu Wladyslaw Stasiak, chefe da Agência de Segurança Nacional, que aconselha o presidente Lech Kaczynski em assuntos militares. “Isso coincide com a falta de um plano de ação completo, de uma avaliação sólida, da indicação de fontes de financiamento, assim como de um sistema de motivação para voluntários dispostos a vestir uniformes.”


Foto: Piotr Malecki/The New York Times
O voluntário Kamil Wozniak tem seu cabelo raspado em Radom. (Foto: Piotr Malecki/The New York Times)

A decisão tem sido um ponto de discórdia entre Kaczynski e o primeiro-ministro Donald Tusk, que atraiu jovens eleitores nas eleições do parlamento, no ano passado, em parte por prometer o fim do alistamento obrigatório.

Até agora, a Polônia recebeu elogios de especialistas militares ocidentais por seus esforços em modernizar suas forças, e é conhecida como ávida participante dos projetos de defesa da União Européia e de missões e programas da Otan. No entanto, especialistas locais argumentam que o país se esticou demais com ações fora do país, incluindo cerca de 1.600 tropas no Afeganistão, de 1.200 em setembro, e cinco anos com uma função de apoio no Iraque, que foi recentemente finalizado.

A marinha polonesa precisa urgentemente ser atualizada. O ministro da defesa, Bogdan Klich, também classificou como prioridade a modernização das defesas aéreas do país, assim como conseguir novos helicópteros.

“Todos esses programas não podem ser executados ao mesmo tempo”, disse Andrzej Karkoszka, especialista em defesa da PricewaterhouseCoopers em Varsóvia e antigo vice-ministro de políticas de defesa no Ministério de Defesa polonês. “Eles precisam ser planejados em fases, um após o outro, de acordo com a urgência e a disponibilidade de recursos.”

O maior teste para a nova força militar profissional será preencher suas fileiras, atraindo voluntários e retendo os recrutas atuais, agora que o governo terá de se esforçar para atrair candidatos em vez de simplesmente convocá-los. O Ministério da Defesa começou, em agosto, uma campanha publicitária de outdoors e comerciais de TV com cenas de helicópteros e soldados fazendo rapel.


saiba mais

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Artistas cobrem prédio com retrato gigante de Lech Walesa na Polônia

“Honra, desafio, irmandade”, entoa o narrador. “Viva com paixão. Junte-se aos melhores.”

Para a Polônia, mudar para um exército profissional é apenas um entre muitos passos de um processo de muitos anos para restaurar seu poderio – saindo de uma força com 450 mil membros que mira o ocidente, como parte do Pacto de Varsóvia liderado pelos russos, a uma força militar enxuta e bem equipada, que pode agir rapidamente nos locais problemáticos do mundo em missões multinacionais.

Até o final deste ano os militares terão reduzido seu contingente a 130 mil homens, um número que, segundo se espera, pode chegar à meta de 120 mil após a profissionalização. Mas com a saída de 38 mil convocados no próximo ano, ainda ficará uma significativa diferença – sendo necessários cerca de 20 mil soldados profissionais para compensá-la.

O recruta profissional comum recebe 2.200 zloty por mês, cerca de US$ 720, ganho que aumentará para cerca de US$ 820 no início do novo ano. Há uma proposta para aumentar os salários de 13% a 26%. Mulheres não eram convocadas, e apenas 1.500 servem no exército – um número que deve aumentar conforme elas forem atraídas às fileiras profissionais.

Os pais de Jakub Padala o levaram de carro desde sua casa ao sul de Lublin, em Krasnik. Padala, de 21 anos, estava desempregado e vivia com seus pais quando foi convocado. Questionado por que escolheu servir quando amigos tinham se esquivado, ele disse: “Disciplina. É a escola da vida.” Ele espera receber treinamento e experiência com altas tecnologias, acreditando encontrar trabalho mais facilmente após servir no o exército.

Os recrutas pareciam calmos e confiantes, mas suas palmas suadas entregavam seu nervosismo com um simples aperto de mãos. Durante 21 dias eles serão submetidos a treinamentos físicos e de combate, praticarão a guerra química e aprenderão as regras e regulamentos militares. Em 30 de dezembro eles farão seu juramento e, em 9 de janeiro, serão dispersados para unidades por todo o país. Quando os nove meses obrigatórios forem concluídos, os poloneses – prontos ou não – terão um exército profissional.

“Eu viria simplesmente para trabalhar aqui”, disse Radek Kedziora, 24, que tinha um irmão no exército e trabalhava como técnico médico de emergência em uma ambulância quando foi convocado.

“Quero ficar, e isso depende de eles me quererem ou não”, afirmou o soldado. Esse sentimento soa como música aos ouvidos dos funcionários do Ministério de Defesa – e uma canção que eles precisam ouvir muitas vezes se quiserem alcançar seus objetivos.

A revista IstoÉ trouxe uma reportagem que destaca a luta contra a obrigatoriedade do serviço militar.

A revista IstoÉ trouxe uma reportagem que destaca a luta contra a obrigatoriedade do serviço militar. Entre os deputados citados está Efraim Filho (DEM), presidente da Juventude Democratas e relator da Proposta de Emenda à Constituição que torna o serviço facultativo. A TV Câmara transmite na segunda-feira, as 21:30, no programa “BRASIL DEBATE” entrevista com o Dep. Efraim Filho sobre o tema;

Veja, abaixo, a íntegra da reportagem:

Pelo fim da obrigação
(Claudio Dantas Sequeira)

Nas famílias brasileiras de classe média, quando os filhos completam 18 anos, os pais vivem o drama do alistamento militar obrigatório. Quase todos temem o prejuízo para o estudo ou o trabalho com a interrupção de um ano para prestar o serviço nos quartéis. Nos lares das classes mais baixas, o tormento é o risco de perder o emprego de soldado para os concorrentes – já que a oportunidade é vista como uma das poucas chances de fugir da exclusão do mercado de trabalho. Entre o pesadelo e o sonho, uma certeza: a obrigatoriedade significa para o cidadão um cerceamento à liberdade de escolha, seja para aqueles sem vocação, seja para os jovens que almejam a carreira militar. Vários países – sobretudo no mundo desenvolvido – aboliram a obrigatoriedade (em tempos de paz) e outros encontraram saídas menos impositivas. Mas o Brasil está atrasado. Bastou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovar a proposta de emenda constitucional que institui o serviço militar facultativo para homens e mulheres de 17 a 45 anos para provocar uma forte reação do governo.

A derrubada do serviço militar na CCJ é significativa e um sinal de que, no plenário, a tese de que se o alistamento for voluntário só atrairia pobres e analfabetos, como argumentam as Forças Armadas e se agarra o Ministério da Defesa, não é forte o suficiente para convencer a sociedade de que a melhor opção é continuar arrancando a vocação à força, todo ano, de 1,6 milhão de rapazes. “Os jovens de hoje buscam uma carreira cada vez mais cedo. Muitas vezes eles querem servir à pátria, não como soldados, mas como engenheiros e médicos”, afirma o deputado Efraim Filho (DEM-PB), relator da emenda.

Além da qualidade do contingente, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica temem uma redução abrupta dos efetivos brasileiros. “Hoje, um país forte é aquele que possui um Exército profissional”, rebate Efraim.

Jobim e o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, ao traçar a Estratégia Nacional de Defesa, marcham em direção oposta à proposta de Efraim e determinaram “o reforço” do serviço militar obrigatório.

O gabinete de Jobim está trabalhando nas regras que definirão o novo perfil socioeconômico dos militares, dentro do espírito que Mangabeira chama de “nivelador republicano”. O objetivo é evitar que os filhos de políticos ou grandes empresários escapem de se alistar, como sempre ocorreu. O que Jobim e Mangabeira ignoram é que para a elite a retomada de uma carreira ou dos estudos é muito mais fácil. Ao contrário da classe média e daqueles jovens mais pobres que – sem conseguir a vaga de recruta – são empurrados para outras atividades. Até para o crime.

Mas a emenda de autoria do deputado Silvinho Peccioli (DEM-SP)não é uma iniciativa isolada. Há pelo menos oito propostas com conteúdo semelhante tramitando no Congresso. Além disso, aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal 41 ações contra o atual modelo de recrutamento, a baixa remuneração dos recrutas e os parcos benefícios. Os processos entrariam na pauta no início deste mês, mas acabaram sendo adiados por pressão da caserna. Mesmo quem já serviu defende a liberdade de escolha. “Servi, mas me arrependi. Eu estava no 3º ano do ensino médio quando me alistei e foi muito cansativo. Perdia várias aulas, e meu desempenho caiu”, afirma o designer gráfico Márcio Adriano Souza Silva. Embora diga que aprendeu muita coisa no Exército, Silva, 27 anos, não recomenda a experiência ao irmão mais novo. “Meu irmão tem um bom emprego. Não vale a pena largar o trabalho”, diz.

Nem todos são iguais

O mecânico Vanderson Portela, 33 anos, sempre quis servir, mas também concorda que o ideal é o alistamento voluntário. “Quando me alistei, não tinha nem o ensino fundamental completo”, diz, refletindo as estatísticas que mostram que apenas 24% dos alistados completaram esse nível educacional.

”Dentro do quartel consegui estudar, aprender uma profissão e viajar para outros países”, conta Portela, que acabou ficando nove anos no Exército e chegou a integrar o contingente brasileiro na missão de paz das Nações Unidas em Angola, entre 1995 e 1997. “Mas quem não queria servir acabava dando trabalho e tirando a vaga de quem estava a fim. Acho que seria uma boa se fosse facultativo”, comenta.

O administrador Alan Alves Lopes pensa diferente. Vindo de uma família de classe média baixa, ele diz que encontrou no Exército a possibilidade de ter uma profissão e oferecer uma vida melhor para a família.

”Para mim, foi uma boa oportunidade. Me formei e comecei a trabalhar com administração pública, com licitações dentro do Exército”, afirma Lopes, que até hoje presta serviço para a caserna. Rafael Wescley, 18 anos, porém, é frontalmente contrário ao serviço obrigatório: “Eu já estou estagiando e ainda estudo à noite. Se tiver que servir, só vou perder.”

O estudo “Serviço Militar Obrigatório Versus Serviço Militar Voluntário: O Grande Dilema”, dos consultores legislativos Fernando Carlos Wanderley e Sérgio Fernandes Senna, simpático às Forças Armadas, mostra que os países que instituíram o serviço militar voluntário tiveram que elevar salários para atrair os recrutas. Sem dúvida, é um argumento a favor dos militares.

Mas não responde a uma questão básica: pode o País, em tempos de paz, diante dos desafios econômicos do século XXI, dispor de um ano de vida de seus cidadãos de 18 anos e dizer o que é melhor para eles?

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Somalia e crianças militares

Somalia e crianças militares
Awil Salah Osman ronda as ruas da devastada capital da Somália e se parece com muitos outros meninos nas suas roupas esfarrapadas, nos seus membros esquálidos e nos seus olhos ávidos por atenção e por afeto.

Mas Awil, 12, tem duas diferenças notáveis: ele porta um fuzil automático Kalashnikov totalmente carregado e trabalha para uma força militar que é substancialmente armada e financiada pelos Estados Unidos.

“Você!”, grita ele para um motorista que tenta passar sorrateiramente por seu posto de controle. Seu rosto de querubim é tomado por um ódio violento, e ele brande a arma ameaçadoramente. “Você sabe o que estou fazendo aqui! Pare o seu carro!”, ordena. O motorista obedece imediatamente.

É sabido que insurgentes islâmicos somalis estão arrancando crianças dos campos de futebol para transformá-las em soldados. Mas Awil não é um rebelde. Ele trabalha para o Governo Federal Transitório da Somália, uma peça-chave da estratégia americana de contraterrorismo no Chifre da África.

Segundo grupos somalis de direitos humanos e funcionários da ONU, o governo local, que depende da assistência ocidental para sobreviver, está mobilizando centenas de crianças ou mais para as linhas de combate, algumas com apenas nove anos.

As Nações Unidas dizem que o governo da Somália é um dos “mais persistentes violadores” do mundo no envio de crianças à guerra, colocando-se ao lado de grupos rebeldes notórios na África, como o Exército de Resistência do Senhor.

Funcionários do governo somali admitem não ter feito as checagens necessárias e revelaram também que o governo dos EUA estava ajudando a pagar os soldados, um acordo que autoridades americanas confirmaram, abrindo a possibilidade de que contribuintes americanos estejam pagando alguns desses combatentes infantis.
A ONU afirma ter oferecido ao governo somali planos específicos para desmobilizar as crianças. Mas os líderes da Somália, há anos lutando para resistir aos avanços dos insurgentes, estão paralisados por acirradas disputas internas e até agora não deram resposta. Várias autoridades americanas também se disseram preocupadas com o uso de crianças como soldados e afirmaram estar pressionando seus homólogos somalis a tomar mais cuidado.

Mas, questionado sobre como o governo dos EUA poderia assegurar que não há dinheiro americano sendo usado para armar crianças, um funcionário disse: “Não tenho uma boa resposta para isso”.

Segundo o Unicef, braço da ONU para a infância, só dois países não ratificaram a Convenção sobre os Direitos da Criança, que proíbe o uso de soldados menores de 15 anos: os Estados Unidos e a Somália. Mas os EUA ratificaram um acordo posterior destinado a impedir o recrutamento e uso de crianças como soldados.

Muitos grupos de direitos humanos consideram a situação inaceitável, e o próprio presidente dos EUA, Barack Obama, quando o assunto foi abordado durante sua campanha, não discordou. “É constrangedor nos vermos na companhia da Somália, uma terra sem lei”, disse. Awil sofre para carregar a arma, que pesa cerca de 5 kg. Às vezes recebe uma ajuda do colega Ahmed Hassan, 15.

Ahmed diz que foi mandado a Uganda há mais de dois anos para treinamento militar, o que não foi possível verificar independentemente. “Uma das coisas que aprendi”, contou ele, entusiasmado, “é como matar com uma faca”.

As crianças não têm muitas opções na Somália. Depois do colapso do governo, em 1991, toda uma geração foi deixada solta nas ruas. A maioria das crianças jamais se sentou em uma sala de aula ou brincou num parque. Seus ossos foram atrofiados por fomes ligadas ao conflito, suas psiques foram abaladas por todas as mortes que testemunharam.

“Do que eu gosto?”, perguntou Awil. “Gosto da arma.”
Ele contou que foi abandonado pelos pais, que fugiram para o Iêmen, e entrou para uma milícia por volta dos sete anos. Vive agora com outros soldados do governo em uma casa em ruínas, repleta de caixas de cigarros e roupas malcheirosas.

Recebe cerca de US$ 1,50 por dia, mas só de vez em quando, como a maioria dos soldados. Sua cama é um colchão coberto de moscas, que ele divide com outras duas crianças militares. “Ele deveria estar na escola”, disse o comandante de Awil, Abdisalam Abdillahi. “Mas não há escola.”

Ali Sheikh Yassin, vice-presidente do Centro Elman da Paz e dos Direitos Humanos, em Mogadício, disse que as crianças compõem cerca de 20% das tropas do governo (que supostamente totalizam de 5.000 a 10 mil soldados) e 80% das forças rebeldes.

“Esses meninos podem sofrer muito facilmente uma lavagem cerebral”, disse Ali. “Nem é preciso pagá-los.”

Estudantes participam de exercício militar na Coreia do Sul

Estudantes participam de exercício militar na Coreia do Sul


http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/12/estudantes-participam-de-exercicio-militar-na-coreia-do-sul.html


olha q amor de pais essas coreias sao maravilhosa.